martes, marzo 11

Segunda Leitura

Vinte e Zinco
Mia Couto

É uma historia que se desenvolve numa cidade do Moçambique, do dia 19 ao 30 de Abril. Nestes dias acontem muitas coisas na familia e cidade do português Lourenço de Castro, um inspector da PIDE que esta perturbado pela morte do pai. Vive com a mãe, Margarida e com a tia Irene, uma mulher tresloucada segundo o jeito de educação portuguesa. Outras personagens que se descrivem e percorrem o tempo do passado ao presente são: o cego Andaré, a feiticeira Jessumina, o pai Joaquim de Castro, o mulato Marcelino, Custódio Juma. Além do pide Diamantino, o preto Chico Soco-Soco, o médico Peixoto e o Padre Amaro (ahhh, mmmhhn, acho que este aparece em outra historia, o que eu quero dizer é o Padre Ramos. Tudo bem).

A história (mas não o livro) começa quando de criança, Lourenço de Castro viu morrer seu pai caindo ao mar desde um helicóptero. Depois seguiu as pisadas do pai. A tia Irene chegou de Portugal ao Moçambique para acompañar à mãe Marguerida. Quando Lourenço foi pide, se encarregou da justiça local e conservar o bom nome da familia. Mas não gostava do comportamento da tia Irene, quem sentia prazer de ir ao matope e falar com os pretos.

O pide sempre estava com medo dos africanos e dos misterios da terra, além das outras personagens perto dele. Um dia, no seu aniversario, o regime que o pide protegia caiu e junto com ele a falsa imagem que ele tinha do seu pai (um porco tirano que odiava os pretos, mas era lascivo com eles). Afinal a historia termina, como todas as que pedem justiça, com a morte dos que abusam do seu poder (e uma que outra pessoa inocente e louca) e a continuação da vida quotidiana do lugar.

* * *

A leitura, embora tem muito vocabulário desconhecido, se pode entender a maioria pelo contexto. Em ocacões a historia se muda confusa porque oscila entre dois tempos diferentes, o passado e o presente. Nela se mostra a vida habitual da gente moçambicana durante sua luta pela liberdade e a igualdade social. As pessoas das colonias negras querem se tirar as ataduras que unem-nos aos brancos (Portugual) para regirse sob suas próprias leis e crenças. Nelas a feitiçaria e o misterio da África jogam uma função muito importante.

Afinal da leitura entendi uma parte do titulo da obra, a data quando em Lisboa aconteceu um golpe de estado no dia 25 de Abril, o regime caiu e se declarou a independencia (ou revolução, não lembro) de Moçambique. Mas só para os brancos porque para os escravos esta foi declarada oficial unos anos depois e em diferente data.

Pesquisando na Internet entendi o “Zinco “ do titulo, no que o autor faz uma mistura de palavras alusivas ao 25 de Abril e ao jeito em que os pobres de Moçambique se expresaram ou fizeram alusão a esa data. Eles dizeram que essa data foi importante só para a gente que moraba nos bairros de cimento, mas para eles, os negros pobres que viveram na madeira e zinco*, o dia da libertade estava por vir.

Uma informão curiosa sobre o autor (António Emílio Leite Couto) é que ganhou o nome Mia do irmão que não conseguia dizer "Emílio", e segundo o próprio autor a utilização deste apelido tem a ver com sua paixão pelos gatos e desde pequeno dizia a sua família que queria ser um deles.


*Para os falantes do espanhol que não sabem o que é o zinco (eu pensava que era a palavra dum número com erro de digitação, até que procurei-o para entender o que já expliquei), aquí ponho uma definição:
“Metal simples, de cor cinzenta azulada (número 30 da classificação periódica), que ocorre naturalmente sob a forma de blenda, wurtzite e calamina, e que é largamente utilizado na indústria em galvanizações, ligas metálicas, canalizações, pilhas secas, etc.”

miércoles, marzo 5

Co-avaliação

Agora vou avaliar uma das minhas colegas, a Martha.

Eu acho que ela tem um bom desempenho neste curso e penso que tem praticado a língua, pelo menos a escrita já que tem feito todas as atividades (exceto a sua autoavalição, até o momento que eu faço esta). Ela tem uma boa redacção e se entende o que ela quere dizer, também se esforça na procura de novas palavras. Uma vantagem que tem é que quasi não falta às aulas e esta em contato com o idioma pela internet, alem das leituras. Eu sinto que ela pode ser capaz de escrever e falar mais, mas não sei por que não o faz.

Na aula é introvertida -como ela própria diz no orkut- e tem a ser obrigada para falar (na maioria das ocasões), por tanto não tenho escutado muito bem a sua pronúncia mas, as pouquinhas vezes que ouvi-a, é boa.

Neste espaço eu não ponho uma avaliação quantitativa, por que o número fica a consideração do Arturo, mas sim tento pôr uma avaliação qualitativa para que a Martha possa melhorar e avançar no que resta do curso (e da vida).

martes, marzo 4

Primeira Autoavaliação

Depois de ter lido dois livros, feito o meu video e as tarefas neste segundo curso de português, escrevo a minha primeira autoavaliação aqui no meu blog.

Eu prossigo no curso de portugués por que é um gosto e não uma obligação, por isso tento dar-me o tempo para fazer as tarefas, leituras, projetos e outras atividades fora da aula; acho que quando a gente quer, pode fazer qualquer coisa (porém seja um pouquinho tarde).

Eu penso que sou constante com as minhas assistências às aulas (sempre que o trânsito o permite) e tenho feito todas as atividades; ainda que não as faço imediatamente, as tenho no tempo que concordamos na aula.

Na pronúncia, eu não gosto da minha. Não sei se é porque quero falar depressa e não se entende ou por que a pratica não é suficiente.

Ao princípio do curso me propus estudar os verbos e o léxico para não esquecer, fico consciente que ainda não é boa esta parte (também a participão na aula) e penso que poderei malhora-la no resto do curso.

Em geral acho que o meu desempenho tem sido bom, já que a minha redação é boa (tenho alguns erros, mas se podem corregir com a pratica). Agora me esforço escrevendo mais com as minhas próprias palabras (porém um pouquinho misturado) do que no curso anterior e quero continuar a aumentar mais linhas no escrito, mas sei que não sou uma boa escritora.

Trabalho "O meu bairro"

Este é um projeto mais para a aula de português, julgam vocês mesmos o meu progresso na lingua, aceito críticas positivas (e negativas também, mas guardam-nas vocês). Para que seja mais fácil, aqui ponho o roteiro.



O meu bairro

Alguém disse que todos os caminhos chegam a Roma, mas para o meu bairro só um chega (bom há mais caminhos, mas o que eu quase sempre percorro é só um). Um dia a minha amiga foi por esse caminho e me disse que foi como entrar ao paraíso, porque é verde aos lados pela natureza e o azul que reflete o céu nas lagoas.

E falando de lagoas, o caminho que eu digo (a estrada Tláhuac-Chalco) atravessa o que fica do antigo lago de “Chalco”. Em ambos os lados da estrada formam-se espelhos de agua azuis ou verdes dependendo da estação. Estas lagoas são conhecidas como “Lagunas de Xico” ou Humedales de Tláhuac” e ficam no limite do Distrito Federal e do Estado do México. Elas foram declaradas Reserva de Agua para recarregar os mantos aqüíferos do Vale do México. Também são uma área ecológica e de refugio para aves migratórias, já que cada inverno muitas aves (como os patos e as garças) chegam do Canadá até este lugar para proteger-se do frio e procriar. Além disso, há áreas de agricultura onde semeiam verduras, mas alguns pássaros comem as sementes ou as pequenas plantas.

Lá, passando as lagoas, há um vulcão extinguido (chama-se “Xico” e significa em náhuatl “umbigo do mundo”) que um dia foi uma ilha; onde eu acho que os morcegos se escondem nas cavidades e de noite saem na procura de insetos para comer perto das lâmpadas das ruas.

Outro aspecto interessante do meu bairro é que junto ao vulcão Xico há um morro chamado “Del Marqués”. Nele foram descobertos alguns esqueletos e vários murais da época pre-hispánica, que formam um área arqueológica muito interessante no morro, mas não está aberta ao público. Também foi encontrado um sepulcro pre-hispánico e os arqueólogos disseram que eram ofrendas que fizeram os “Chichimecas” ou os “Chalcas” à beira do antigo lago.

Como vem, apesar de que o meu bairro forma parte de um dos municípios mais jovens do Estado de México (mais ou menos vinte anos) tem história que se remonta ao século treze. Mas a história pode ser mais antiga porque os arqueólogos tem encontrado presença humana na beira lacustre duma idade de vinte e dois mil anos.

Ao norte do vulcão Xico fica a “Ex-hacienda de Xico”. Um velho predio construido no século dezenove, pelas ordens do Porfírio Díaz e que atualmente é usada uma parte dela pela “Compañía de Luz y Fuerza del Centro”. Uma parte mais da ex-hacienda está quase em ruinas pelo passo do tempo e a falta de cuidado, ainda é um testemunho silencioso dos latifúndios “porfiristas”.

Algumas lendas contam que o Porfírio Díaz pode ter se refugiado na “Hacienda de Xico” durante a Revolução Mexicana, e para não perder toda a sua riqueza, deixou enterrado um tesouro de muitas moedas de ouro. Bom, eses são só contos e ninguém o tem comprovado.


No tempo em que os dias são claros e o céu está sem nuvens, do meu bairro se tem uma paisagem muito linda dos vulcões Iztlacihuatl e Popocatepetl, que são os vigilantes eternos de todo o Vale de México.

Meu bairro é considerado uma pequena cidade que está em constante crescimento e a sua cultura, emergendo ainda, é uma mistura de muitas culturas do pais. Tem caraterísticas do interior, aos poucos está adquirindo uma identidade própria.

Ao pé do vulcão passam as vias do trem, embora já não existem os tradicionais trens nesta parte do pais, o governo vai reabilitá-los para o moderno trem sub-urbano nos próximos anos para assim ter mais opções de transporte público e conectar melhor o Distrito Federal com o Estado de México.

Este lugar es muito tranqüilo, há poucas pessoas nas ruas que vão e veem fazendo as atividades do dia-a-dia, mas quando é dia de feira a festa e o barulho não param. Quase não há trânsito e as pessoas podem caminhar no centro da rua, exceto nas ruas principais por onde o transporte passa.

Como todas as cidades, esta conta com quase todos os servicios necessários para viver com conforto, mas também apresenta alguns problemas sociais, como os “grafittis” que invadem as ruas e em alguns lugares enfeitam os muros.

Este é o meu bairro, uma ilha surgida das cinzas dum vulcão ao ser banhadas pelas antigas aguas dum lago em extinção, e cercada por um mar formado de codilheiras, morros y vulcões. Comparada com ilha, há quem diz que nela tudo fica longe de tudo e perto de nada.